Casa de Câmara e Cadeia, primeira sede do Parlamento brasileiro
A Casa de Câmara e Cadeia, mais conhecida como Cadeia Velha, foi construída na primeira metade do século XVII, no antigo Largo do Carmo, hoje Praça XV.
Após a independência do Brasil em 1822, José Bonifácio de Andrada e Silva determinou a reforma da Cadeia Velha, que passou a abrigar a Assembléia Geral Constituinte Brasileira.
A Câmara dos Deputados funcionou nesse prédio até 1914, quando foi transferida para o Palácio Monroe. Desse ano até 1923, o edifício da Cadeia Velha serviu de depósito e finalmente foi demolido para dar lugar ao Palácio Tiradentes.
Biblioteca Nacional
A Biblioteca Nacional foi sede da Câmara dos Deputados durante quatro anos, de 1922 a 1926, enquanto os deputados esperavam que o Palácio Tiradentes fosse construído.
Palácio Tiradentes
Em 1926, foi inaugurado o Palácio Tiradentes, o primeiro prédio a ser construído especificamente para ser sede de uma Casa Legislativa brasileira.
O edifício foi projetado em Estilo Eclético por Archimedes Memoria e Francisco Cuchet e foi batizado em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, condenado à morte por lutar pela independência do Brasil.
Durante o período do Estado Novo de Getúlio Vargas, Em 1937, o prédio passou a ser ocupado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Com o fim desse período de governo ditatorial, o Palácio voltou a abrigar a Câmara dos Deputados.
Atualmente é a sede da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Palácio Conde dos Arcos, primeira sede do Senado
A primeira sede do Senado foi construída em 1819 para ser a residência do Conde dos Arcos, que foi o último governante do Brasil até a chegada da família real portuguesa no Rio de Janeiro.
Em 1824, com o Brasil já independente de Portugal, o edifício foi comprado pelo Imperador Dom Pedro I para a instalação do Senado. Para adaptar o prédio à nova função, foi escolhido o arquiteto oficial do Império, Pedro Alexandre Cravoé, que na reforma usou referências neoclássicas européias da época. O Senado ocupou o Palácio de 1826 a 1925. Atualmente, o prédio abriga a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Palácio Monroe, segunda sede do Senado
O Palácio Monroe foi projetado pelo engenheiro Souza Aguiar, como pavilhão brasileiro na Exposição Universal de Saint Louis, EUA, em 1904. A edificação recebeu a medalha de ouro como a mais bela do evento, o primeiro reconhecimento internacional da arquitetura brasileira.
Em 1906, o prédio foi reconstruído no centro do Rio de Janeiro onde atualmente fica a Avenida Rio Branco. De 1906 a 1914, foi utilizado como espaço de exposições. Sediou a Terceira Conferência Pan-Americana e, por sugestão do Barão do Rio Branco, teve seu nome modificado de pavilhão de São Luís para Palácio Monroe, em homenagem ao presidente norte-americano James Monroe.
De 1914 a 1923, foi sede da Câmara dos Deputados. De 1925 a 1960, ano de transferência da capital para Brasília, serviu como sede do Senado Federal.
Em 1976, sob as alegações de que estava descaracterizado, de que atrapalhava o trânsito e impedia a vista para o mar, o Monroe foi substituído por uma praça e um chafariz.
Quer saber mais? Clique e leia, na íntegra, a matéria "Que fim levou o Palácio Monroe?", da Agência Senado.